Startups estão diretamente ligadas à criatividade. Na contramão disso, existe outra teoria: quanto maior a corporação, mais difícil é o processo de inovação.
Muitas empresas consolidadas hoje, já foram precusoras, startups na prática quando esse termo ainda nem existia no mundo da tecnologia e dos negócios. O problema é que, após estabilizadas e com um maior número de colaboradores, essas corporações pisam no freio no quesito de assumir riscos e fazerem diferente. Nos dias atuais de globalização e de agilidade da informação, a perda de coragem para sair da zona de conforto pode ser um problema.
Mais iniciativa, menos acomodação
O modo de uma gestão organizada, com atividades padronizadas são fundamentais para o bom funcionamento de qualquer negócio, mas o lado sonhador e criativo do empreendedor é que mantem viva uma startup. Quando o sonhador vira cético, ele passa a ser empresário estagnado, sempre com os mesmos processos e trabalhando para manter o que se tem.
A receita pode ser mais simples do que se imagina: estou estabilizado, meu negócio vem dando certo em determinado nicho, mas o que eu posso fazer diferente para crescer ainda mais? Onde há curiosidade e ousadia, também deve existir coragem. Empreender e andar lado a lado com a mudança, nos faz criar sonhos. Desejar metas e objetivos, de forma responsável, nos guiam para continuar prestando um serviço com excelência no presente, sem deixar de estarmos atentos, com entusiasmo, no futuro.
Como aplicar a metodologia startup em corporações estabilizadas
Qual o espaço que os funcionários têm de se expressar em seu negócio? Uma das principais características de uma startup é o clima de colaboração entre os envolvidos. Mesmo em grandes empresas onde o modelo de negócio está estabelecido e as responsabilidades bem divididas, inovações nos processos podem trazer vantagens como eliminar desperdícios e aumentar a receita.
As ideias precisam circular com maior facilidade e o colaborador deve ser incentivado a isso. Claro, e os cargos superiores estarem dispostos a ouvir. Para ideias de novas criações, a premissa é básica: criar um produto ou serviço que vá atender o problema de alguém que queira pagar por isso.
Uma empresa onde os funcionários tenham voz para ideias inovadoras, cria uma cultura de valorização e identificação. O crescimento motivacional é mutuo, pois, a empresa aposta na inovação e o funcionário se sente à vontade para criar e expor.
Ousadia e inovação constante
Criar novidades, sem comprometer o que dá certo. Esse é o maior desafio para corporações já consolidadas. Quando a ordem é iniciada de cima para baixo, o caminho fica mais fácil, pois se está no ventre da corporação incentivar seus funcionários a serem criativos e sonharem juntos com a empresa, a tarefa é mais natural, pois os colaboradores são como aliados na constante busca pela criatividade e consequentemente pelo crescimento da corporação.
Esse é um processo que requer força de vontade. Nem mesmo quando startups, a inovação não se decreta do dia para a noite. É preciso ouvir ideias, estudar cenários e manter uma certa coragem ao apostar em convicções. Existe uma certa dificuldade em manter a perseverança em um ideal, mas e quem disse que seria fácil ser inovador?