VENTIUR e Sebrae desenvolvem programa de acesso a capital

Através de programa de acesso a capital, parceria inovadora entre a VENTIUR e o Sebrae-SP está auxiliando startups a atraírem recursos financeiros para os seus empreendimentos por meio de Venture Capital (VC). O chamado programa Delta Capital deve capacitar de forma gratuita, por um período de dois anos, ao menos mil empresas para receberem aportes dos principais fundos de investimento brasileiros.

Pesquisa do Sebrae em parceria com a Finep apontou que 58% das startups não sabem quais são as formas de captação de recursos para seus empreendimentos, como investidor-anjo, capital semente, venture capital, investimento coletivo (crowdfunding), subvenções e editais de fomento. No entanto, foi apurado que 55% delas necessitavam de crédito na pandemia de Covid 19 para o desenvolvimento de produto, serviço ou processo novo, e acabaram não sabendo como captar tais recursos.

Além dos aportes financeiros, o Delta Capital deverá oferecer ferramentas importantes para que os empreendedores possam criar a cultura de inovação em seus negócios. Nessa primeira fase do programa de acesso capital, que iniciou em setembro, um total de 132 startups se inscreveram. Destas, 90 foram selecionadas para receberem um diagnóstico por parte das equipes do Sebrae-SP e da VENTIUR, com o objetivo de identificar o seu grau de maturidade.

Esse mapeamento foi realizado com base nos principais critérios analisados pelos fundos de investimento, com objetivo de entender melhor as fragilidades da empresa e ajudá-la de maneira assertiva a buscar os aportes financeiros. Após a primeira seleção, 67 negócios considerados em fase inicial foram encaminhados para outros programas de mentoria do Sebrae, para que possam estruturar melhor seu modelo de negócio. O restante das startups (23) foi escolhida para receber a assessoria individual e permanecer no programa em parceria com a VENTIUR.

Empreendedores recebem capacitação completa nos programas de acesso a capital

Os empreendedores selecionados para esta segunda etapa recebem uma capacitação completa, que inclui desde a estruturação de processos internos até a formatação do processo de vendas. Esse trabalho passa ainda pelo desenvolvimento de estratégias eficazes de marketing e a criação das chamadas redes de parceria.

Durante essa fase, devem ser identificados – e propostos pontos de melhoria – para que as startups estejam prontas para se conectarem com investidores dos principais fundos de investimento do país. O trabalho está sendo conduzido pela equipe de mentores da VENTIUR, os quais deverão agregar conhecimento e experiência de mercado aos empreendedores. As startups também estão participando de meetups com empreendedores e investidores, além de workshops, eventos com temáticas relacionadas a Venture Capital, Corporate Venture Capital (CVC), empreendedorismo e inovação.

Além de terem contato direto com os fundos de investimento, o programa proporciona ainda visibilidade e troca de conhecimento entre os empreendedores. Ao final da trilha de mentorias e capacitações, algumas startups podem ter a oportunidade de reuniões individuais com os gestores dos Venture Capital – falaremos melhor dessa modalidade de investimento de risco logo abaixo no texto – e poderão até mesmo receber aportes financeiros.

Para capacitar as startups, a VENTIUR está aplicando sua metodologia de aceleração de novos negócios, o qual potencializa a atitude empreendedora, e estimula a capacidade de execução, experimentação e co-criação. Desde 2013, a VENTIUR já investiu em mais de 70 negócios inovadores, avaliados em mais de R$ 300 milhões. Além disso, mais de três mil startups de diversas regiões brasileiras foram avaliadas, e a Aceleradora contabiliza um total de quatro exits – expressão que se refere ao ponto de saída de uma startup. Isso acontece quando o empreendimento é adquirido por outra empresa/organização de maior porte.

Programa de acesso a capital fomenta à inovação

O Delta Capital é a primeira ação de uma série de iniciativas voltadas para o fomento da inovação financeira e para o acesso a capital promovidas pelo Sebrae-SP. Ele é um braço de outro programa de fomento à inovação do Sebrae-SP, o Delta Fintech. Durante a execução do trabalho, os participantes estão sendo capacitados em três categorias distintas: eventos, conteúdo e mentorias.

O lançamento oficial do programa ocorreu em setembro deste ano, e contou com um painel de debates entre investidores e as equipes do Sebrae e da VENTIUR. Na pauta, diversos temas relacionados ao ecossistema de inovação, o que inclui as expectativas dos fundos de venture capital com relação aos empreendedores brasileiros, qual é o momento certo para atrair investidores e quais teses de investimento são mais frequentes. O programa também entrega conteúdos qualificados aos participantes, o que inclui e-books educacionais, panoramas sobre investimentos e mapeamento de fundos.

Ainda está prevista a elaboração de um livro, o qual deverá reunir os cases e as experiências coletadas ao longo do programa. Em janeiro, o Delta Capital deverá selecionar novas startups dos segmentos Deep Tech e AgTech para comporem o programa. O primeiro tipo atua no desenvolvimento e soluções disruptivas para áreas como biotecnologia, engenharia, arquitetura de dados, genética, dentre outras, enquanto que as AgTechs entregam soluções tecnológicas para o agronegócio.

Investimentos em startups bateu recorde em 2021

Como já falamos em outro texto aqui no blog, apenas no primeiro semestre do ano, US$ 5,2 bilhões foram investidos em startup, conforme o relatório Inside Venture Capital, da Distrito. Este é um recorde histórico, pois superou em 45% os aportes financeiros feitos em startups durante todo o ano de 2020.

Grande parte destes aportes foi realizado por meio do chamado Corporate Venture Capital (CVC). Essa modalidade de inovação aberta tem crescido consideravelmente nos últimos anos, e têm possibilitado a criação de novos modelos de negócio. Estudo Corporate Venture Capital Report 2021 indica que apenas entre janeiro e julho de 2021, o volume de aportes de fundos de CVC no país alcançou a cifra de US$ 622 milhões – número três vezes maior que o valor investido em todo o ano passado.

Um dos objetivos do Delta Capital é justamente aproximar as startups dos fundos de investimentos. Além de diversificar seus investimentos e aumentar sua fonte de renda, ela permite que as organizações já estabelecidas possam ter acesso às tendências de inovação presentes no mercado. Nessa modalidade de investimento, a empresa pode optar por realizar um aporte diretamente na startup ou investir em fundos de investimentos que tenham esse objetivo.

Entenda como é o financiamento por Venture Capital

Os chamados Venture Capitals (VCs) investem em startups que já aprovaram seu modelo de receita. Com foco nos fundadores dessas empresas, de forma geral, os VCs analisam de maneira mais criteriosa o desempenho daqueles negócios e optam por aportar naqueles que se encontram em estágios mais avançados.

Mesmo assim, de uma forma geral, os fundos de Venture Capital investem em empresas de médio porte, as quais já possuem um faturamento expressivo, mas que ainda necessitam alavancar seu crescimento. Com o aporte financeiro, o objetivo é ajudar essas empresas a expandir e alcançar o seu potencial máximo, atingindo a escalabilidade de produto.

Dados da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e da consultoria KPMG, indicam que os investimentos de VCs saltaram de R$ 58 milhões em 2020 para R$ 139,8 milhões, apenas no primeiro semestre deste ano – em plena crise sanitária causada pela Covid 19. Os setores que mais receberam aportes foram serviços financeiros, TI, comunicação, saúde e varejo.

Quer saber mais sobre os programas de aceleração e investimento em startups da VENTIUR? Então entre em contato com nossa equipe. A VENTIUR é uma das principais aceleradoras de startups do Brasil e está sediada no polo tecnológico da Unisinos, o Tecnosinos, em São Leopoldo/RS.

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.