Porque investir num momento de extrema incerteza?

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Porque investir num momento de extrema incerteza?

A resposta desta pergunta para muitos é clara. É em momento de crise que surgem as melhores oportunidades. Mas qual é o melhor investimento em momento de instabilidade e incertezas?

 

Não só as empresas, mas a sociedade está buscando descobrir “Qual será o novo normal pós-pandemia, pós-coronavírus”. É natural do ser humano querer ter controle sobre as coisas, estabelecer padrões, linearizar, botar numa esteira de produção. Onde a vida é nascer, ter uma boa escolaridade, para ter um bom emprego, para ter uma boa família e com 60 anos ter uma boa aposentadoria.

Pois bem, o que acontece quando o mundo sai dessa esteira de produção? Temos pessoas estressadas, angustiadas, ansiosas e preocupadas com uma instabilidade sem prazo para terminar. Já pensou se nunca voltar ao normal? mesmo que seja um novo normal? 

Bem vindo à vida! A vida é incerteza plena. E sinto lhe dizer, mas o mundo não cabe em uma planilha de excel.

 

E o que isso tem a ver com startups?

Naturalmente startups vivem em ambientes de extrema incerteza, desde sua concepção. Elas buscam resolver problemas reais e relevantes, a procura de um modelo de negócio repetível e escalável; de uma forma muito enxuta e com recursos limitados.

De outro lado temos empresas sólidas com processos e padrões moldados por anos que facilitam a gestão enquanto tudo está bem. Mas em contrapartida em momento de crise tem um tempo de adequação muito alto pois os entraves burocráticos construídos por anos a fio impedem a rápida adaptação ao mercado.

O foco das startups está em resolver de forma muito específica e assertiva o problema do seu cliente/usuário. Em momentos de crise esses problemas podem variar, mudar, crescer ou mesmo perder intensidade. Dessa forma a solução de diversas empresas podem perder o seu valor por não serem essenciais para o cliente.

Logo quando decretadas as leis sobre o distanciamento físico decorrentes da pandemia, muitas das startups investidas pela VENTIUR conseguiram rapidamente se adaptar. Algumas receberam uma enxurrada de clientes migrando para o digital, como a Ciclano.io que cresceu 350% em um mês. Já outras viram suas vendas cair, o mercado consumidor se fechando e com um modelo de negócio insustentável na situação em meio a pandemia. Mas quase todas rapidamente conseguiram adequar seu modelo de negócios. Algumas que estavam com a corda no pescoço, se reinventaram e voltaram ao mercado faturando mais do que pré-pandemia.

Isso se deve a resiliência dos empreendedores que estão fazendo das tripas ao coração para que seu negócio, não somente sobreviva a crise, mas sim cresça. Não precisamos de um novo normal, precisamos de pessoas preparadas para viver em ambientes de incertezas e instabilidade. Aprendendo a lidar com a ansiedade, sem querer prever o futuro, mas construir o futuro. 

 

Em empresas tradicionais temos uma situação diferente.

Muitas vezes um desalinhamento de expectativas, onde grande parte dos colaboradores estão preocupados em manter seus empregos ao invés de salvar o negócio. É comum ver nesses momentos que a primeira área a cortar custos nas grandes empresas em meio a crise é a inovação. Justamente esta que poderia analisar a mudança dos hábitos de consumo do seu cliente e se adaptar às novas necessidades do mercado. Sinto dizer, mas empresas que agem assim, esperando o novo normal para voltarem a atividade normal estão caminhando para um problema ainda maior.

Nesse momento você se depara com a seguinte situação: ponho meu investimento em um modelo de negócio tradicional, acostumado a operar em um ambiente de estabilidade e que tem um mundo de instabilidade a frente? ou, não só invisto, mas tenho a oportunidade de conhecer, aprender, me envolver, inclusive ajudar no crescimento de negócios novos. Focados em problemas reais e relevantes do hoje e que vão estar prontos para resolver os problemas do amanhã, e depois e assim por diante?

 

Na minha visão o covid está acelerando em cerca de 3 anos tudo o que iria acontecer naturalmente, mas como essa aceleração é muito grande, ela criará uma divisão maior entre ganhadores e perdedores. As empresas tradicionais e genéricas já estão perdendo cada vez mais mercado para Startups que são muito boas em resolver muito bem problemas específicos. Já estavam acostumadas a trabalhar em home-office, lidando com equipes enxutas e de alta performance, orçamento e custo reduzido, utilizando ferramentas de gestão ágil, desenvolvendo soluções facilmente conectáveis e aderentes a integrações e adaptações. 

Temos no momento (Maio/20) 13 unicórnios no Brasil (startups que já valem mais de USD 1Bi) e percebemos que o tempo de amadurecimento desses negócios é cada vez menor. Atingir 1 milhão de usuários em um curto período de tempo tem se tornado cada vez mais notado. Enquanto o Nubank (que é considerado uma empresa inovadora e deu início à corrida das fintechs), por exemplo, demorou 3 anos para se consolidar no mercado, o C6 Bank atingiu em 2019 os mesmos números em 6 meses. 

Esse crescimento só é possível tendo investimento para focar em escala e expansão do negócio.

Imagine se uma microempresa investisse apenas seu lucro operacional (que é pequeno ou inexistente), para criar uma nova funcionalidade em seu produto, testar uma nova estratégia de marketing, tentar validar um novo canal de venda? O crescimento orgânico é muito demorado e pode fazer o empreendedor perder o timing do negócio.  

Por isso o conjunto de fatores: Times complementares, de empreendedores resilientes e que se adaptam e evoluem perante as incertezas, que resolvem problemas reais e relevantes, com um mercado grande para explorar; é um bom negócio para investir. 

Fato que confirma a afirmação anterior é o volume de investimentos em startups esse ano que foi 20% superior, ao no mesmo período de 2019 (janeiro a abril). Ainda usando o mês de Abril como referência (mesmo com a intensificação da pandemia no Brasil) o volume investido no mês foi de 118% superior ao mesmo mês em 2019. Fonte: Distrito Dataminner

 

Enfim, minha maior satisfação seria saber se, de alguma forma, este texto te provocou a pensar numa perspectiva diferente. Estou certo de que as tempestades, crises, incertezas serão constantes para quem quer inovar e trazer soluções melhores para a sociedade. Mas quem toma essa decisão, precisa aprender a se adaptar e entender os desafios de lidar com a incerteza. Ou como costumo dizer “Aprender a dançar com a Tensão”.

Sim, é o momento de investir em startups.

Não só investir e diversificar seus investimentos, mas se conectar e participar de um ecossistema de inovação, aprender sobre novas tecnologias e modelos de negócios, ajudar no crescimento dessas empresas… Isso sim vai te ajudar a desenvolver seus maiores ativos: conhecimento e relacionamento. E lhe deixar mais preparado para lidar com a incerteza.

Se para você tudo isso é novo e quiser saber melhor como investir em startups pode entrar em contato pelo nosso chat ou mandar um email para [email protected]. Se quiser falar diretamente comigo, pode mandar um whats https://wa.me/5551982698262 ou então pelo email [email protected]. Grande abraço e bons investimentos!

 

Guilherme Kudiess, Sócio da VENTIUR Aceleradora

19/05/2020

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

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