A pandemia de Covid-19 impactou diretamente a forma como interagimos enquanto sociedade, principalmente com o crescimento massivo dos eventos virtuais. Seja no trabalho, com a adoção do home office, no comportamento de consumo, com o aumento das compras de produtos e serviços feitas pela internet.
As medidas restritivas de circulação de pessoas para tentar conter a disseminação do vírus alteraram significativamente os padrões pré-estabelecidos antes da pandemia.
E foi justamente um dos setores mais tradicionais da economia, o de eventos, que precisou se reinventar para manter o seu público engajado durante o período de distanciamento social. Essa indústria representa 4% do Produto Interno Brasileiro (PIB), e a realização de atividades online, além de dar um novo fôlego em tempos sombrios de Covid, impôs novos desafios aos profissionais do segmento.
Impedidos de reunir as pessoas de maneira presencial seja para um espetáculo musical ou para uma palestra, os organizadores tiveram que migrar seus eventos para o ambiente digital.
Sem a presencialidade, o foco agora era promover novas experiências culturais, negócios e conexões por meio da internet se tornou ainda maior, ainda mais em um cenário de tantas incertezas. Para alguns o processo foi mais rápido, mas para outros nem tanto, mas o fato é que os primeiros meses da pandemia em 2020 foram de aprendizado para todos, pois todo esse esforço acabou sendo recompensado.
Dados indicam que desde o início da pandemia o número de eventos virtuais nas mais diversas áreas registrou um considerável crescimento não apenas no Brasil, mas em outras partes do mundo. Atividades essencialmente tradicionais, como música e teatro, migraram para o ambiente digital e conseguiram engajar o público.
E como será o futuro dos eventos virtuais?
Como será o futuro dos eventos virtuais após o término da pandemia ainda é um dos principais questionamentos do setor. Será que poderão migrar para o já conhecido formato híbrido – com parte do público interagindo de maneira presencial, in loco, e o restante conectado por meio da internet?
Ainda não temos respostas conclusivas paras estas perguntas (agora estamos vivendo o fantasma das variantes do vírus), mas o sucesso desse modelo que mescla presencial/virtual, já nos indica como poderá ser o futuro do segmento. Isso se dá, em especial pela segurança sanitária pois tempos de Covid, a possibilidade de uma experiência online pode ser uma alternativa para evitar aglomerações.
A gerente geral do Content Marketing Institute, empresa organizadora do Content Marketing World, Stephanie Stahl, comentou em entrevista à Época Negócios, que em diversos países, o público tem se mostrado aberto a participar mais de eventos presenciais ou híbridos do que exclusivamente online. Uma pesquisa realizada pelo Statista em dez países, incluindo o Brasil, sobre como serão os eventos no mundo pós-pandemia, indicam essa tendência. No País, por exemplo, 59% das pessoas dizem preferir o formato híbrido, enquanto 38% gostam mais do presencial – apenas os 3% restantes têm preferência em encontros exclusivamente digitais. Já em países Inglaterra, Reino Unido, Alemanha, Austrália e França, a variação quase sempre é a favor do presencial ou híbrido. No Japão, por sua vez, os híbridos são os campeões, com 65% dos votos.
Mas a aposta no modelo híbrido não fica restrita apenas aos produtores desses eventos – o mercado corporativo está se mostrando cada vez mais adepto à ideia. Pesquisa do site Bizaboo entrevistou 400 gestores sobre o tema e concluiu que 97% deles acredita que esses eventos estarão em suas agendas nos próximos anos. Para muitas organizações isso não é novidade alguma, pois quando o home office virou rotina para milhões de trabalhadores ao redor do mundo a partir de março de 2020, links para reuniões de trabalho via aplicativos de teleconferência se multiplicaram.
Plataformas ampliaram número de usuários – e de experiências!
Esse aumento pode ser medido também pelo número de usuários de plataformas de tecnologia, como é o caso do Youtube e Zoom. Esta última saltou dos 10 milhões de usuários no período pré pandemia (dezembro de 2019), para 300 milhões em apenas quatro meses. Pesquisa realizada com mais de 34 mil eventos de uma plataforma privada gerenciada pela startup Even3, até julho do ano passado, o crescimento dos eventos online chegou a 300% em relação aos anos anteriores.
Além dos eventos virtuais, novas tecnologias prometem elevar o nível deste tipo de experiência no ambiente digital como é o caso do Metaverso — realidade paralela criada pelo mesmo fundador do Facebook. Similar a jogos eletrônicos já conhecidos no mercado, a plataforma permite que os usuários interajam no ambiente digital com o uso de avatares personalizados.
A imersão nesse universo possibilita que as pessoas possam interagir umas com as outras, trabalhar, estudar e ter uma vida social por meio desses avatares – o objetivo é que não sejam apenas observadores do virtual, mas se tornem parte dele. Para os estudiosos da web, o Metaverso poderá ser o futuro da internet, tornando-a mais imersiva, descentralizada e aberta.
Além disso, para especialistas em inovação, esse conceito de interação virtual deverá abrir novas oportunidades de negócio, como por exemplo no caso do markerting digital. Com o Metaverso, uma campanha publicitária pode ser realizada tanto no mundo real, quanto no virtual, oferecendo uma experiência transmídia – e isso é só o começo de outras tantas oportunidades que poderão surgir.
Antes mesmo da pandemia, VENTIUR já realizava eventos virtuais
A VENTIUR já realizava eventos virtuais com foco no ecossistema de inovação mesmo antes da pandemia, em especial pela facilidade de atingir um número maior de pessoas. Com o início do confinamento – e a necessidade de distanciamento social – estes eventos ganharam um espaço ainda maior na agenda da Aceleradora.
Por meio do ambiente digital, a VENTIUR entrega conteúdos qualificados para o seu público, o que inclui palestras e workshops, abordando temas relevantes como empreendedorismo e inovação. Uma das principais vantagens dos eventos online é a possibilidade de reunir no mesmo espaço de discussão especialistas e convidados de lugares diferentes. Essa característica torna o debate mais rico e produtivo, e gera novas oportunidades para troca de experiências e conexões.
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