Saiba o que é o Corporate Venture Capital (CVC), como funciona na prática e conheça o cenário atual dessa inovação estratégica

Em tempos de rápidas mudanças no mercado, a inovação aberta vem atraindo cada vez mais empresas. Nesse modelo, que consiste na inovação promovida por pessoas e organizações externas à companhia, até o tradicional empresário da velha economia se permite abrir patentes ou fazer parcerias. Um bom exemplo de estratégia de inovação aberta é o Corporate Venture Capital (CVC).

Com prosperidade nas alturas, foi preciso apenas o primeiro semestre de 2021 para superar o recorde do ano de 2020 inteiro, com valores de investimento no Brasil na casa dos US$ 622 milhões, de acordo com um report divulgado pelo Distrito. Por isso, não é exagero dizer que CVC é um assunto atual e que anda despertando bastante interesse em diversos segmentos.

Assim, pensando em manter você informado, reunimos neste material tudo o que você precisa saber sobre Corporate VC, explicando como ele funciona e como pode colaborar com os seus negócios, na prática. Além disso, também investigamos alguns dados do mercado para te atualizar sobre o assunto. Vem conosco!

Afinal, o que significa Corporate Venture Capital (CVC)?

Corporate Venture Capital (“CVC”, ou em português, “Capital de Risco Corporativo”) é um modelo de inovação que consiste no investimento em novos negócios de base tecnológica (startups) que desenvolvem alguma solução para o corporate ou cliente do corporate. Nesse tipo de investimento, a corporação aporta seus recursos financeiros e expertise de mercado em soluções disruptivas visando obter benefícios estratégicos e financeiros com essas soluções.

O CVC é uma estratégia para as corporações expandirem suas fronteiras, buscando maior impacto, agilidade e efetividade. Nesse sentido, muitas companhias têm enxergado, sobretudo nas startups em fases early stage – etapa inicial em que a startup está finalizando suas validações e se preparando para tracionar – a motivação para os seus investimentos.

No entanto, cabe dizer que também existem Corporate Venture Capitals que atuam com investimentos em empresas em fases mais avançadas.

Confira também: O que é Corporate Venture Capital e como impacta o setor de investimentos.

O Corporate Venture Capital na prática

Na prática, o engajamento no modelo Corporate Venture Capital pode acontecer com participação minoritária, com os empreendedores se mantendo no controle, e com aquisição de controle parcial ou total da companhia. Porém, vale dizer que, em qualquer um dos casos, o investimento não se encerra no aporte financeiro.

Além dele, o investidor também oferece iniciativas estruturadas de marketing, business development, matchmaking e, em alguns casos, mentoria e conexões com o ecossistema. Trata-se do chamado “smart money” (dinheiro inteligente), afinal, dinheiro sozinho não é capaz de fazer milagre, certo?

Com o chamado smart money, o investidor oferece insights e complementa o time da startup com sua expertise, oferecendo apoio a quem vive o dia a dia do negócio. Na prática, ele não fica presente na rotina diária, mas contribui constantemente como boa fonte de conhecimento.

Vale destacar: empresas que apostam no Corporate Venture Capital para investir em inovações disruptivas não contam com o curto ou médio prazo, mas com o longo prazo. Inclusive, especialistas estimam que, após os primeiros investimentos, os resultados tendem a aparecer somente em alguns anos.

As motivações por trás da busca pelo Corporate Venture Capital

Sabe aquele mercado tradicional, onde o crescimento das empresas se baseava exclusivamente na confiança de suas capacidades internas? Quando os departamentos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) se deram conta da necessidade de melhorar suas soluções a partir de novos modelos de negócio, surgiram novas formas de promover o crescimento.

Para permanecerem inovadoras e competitivas, as empresas precisam manter um olhar atento para o futuro. Essa atenção se baseia em uma visão mais descentralizada, que permite às companhias se apoiarem em colaborações externas, visando agregar valor ao mercado e ao próprio negócio.

Uma dor que move muitos desses investidores é o da disrupção. Só para ilustrar, vamos pensar no caso da Kodak. Essa empresa do setor de fotografias criou as primeiras câmeras digitais, mas não foi capaz de inovar e avançar no momento certo e, com medo do produto ameaçar o comércio de filmes – mercado em que esta também atuava com força –, acabou ficando para trás e se tornou obsoleta.

Não é muito difícil concluir que ninguém deseja ser a próxima Kodak ou Blockbuster (antiga maior rede de locadoras de filmes e videogames), certo? Então, sabendo que inovar por conta própria demanda muito mais tempo e recursos, as empresas vêm sendo motivadas a buscar tendências de inovação de forma externa.

O cenário atual do mercado na indústria de Corporate Venture Capital 

Os investimentos em CVC no mercado atual vêm acontecendo com mais cautela. Entre janeiro a junho de 2022, foram US$ 2,92 bilhões investidos em 327 deals – volume -44% menor do que o ano anterior, de acordo com números trazidos pelo Bexs Banco.

O cenário atual ainda traz desafios, principalmente em razão das taxas de juros e da insegurança trazida pelas eleições, que forçam um perfil mais conservador na tomada de decisão dos investidores. Apesar disso, um estudo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap) mostrou que 13 empresas do Ibovespa fundaram CVCs apenas no primeiro semestre de 2022. Em todo 2021, foram apenas 8 empresas.

Embora haja certa instabilidade, muitas startups ainda são capazes de se mostrar sustentáveis e geradoras de caixa. Enquanto se mantêm sem captação de aportes, elas seguem no propósito de se manterem na construção de soluções inovadoras.

Por que lançar um programa de CVC?

Elencamos algumas vantagens que uma companhia tem ao lançar um programa de Corporate Venture Capital (CVC) e expandir seu mercado de atuação. Confira!

1. Retorno estratégico

Com mais previsão, a companhia tem a capacidade de liderar grandes mudanças do seu mercado e, assim, evitar a disrupção da indústria. Ao tomar a inovação para si, ela corre na frente dos players concorrentes.

2. Retorno financeiro

A companhia obtém retorno financeiro na medida em que, através do Corporate Venture Capital,  acessa novos canais e novas fontes de receita.

3. Posicionamento

Ao promover sua cultura de inovação e empreendedorismo, a empresa ganha reconhecimento como player inovador no mercado diante de acionistas e colaboradores.

4. Inteligência de mercado

Com acesso a modelos de negócio disruptivos e tecnologias, trazendo colaboração externa para a empresa, o Corporate Venture Capital guia a estratégia de inovação.

5. Estratégia para M&A

Visão antecipada das oportunidades, com teste do produto e fit cultural da companhia, podendo agregar a ótica da tecnologia nas análises.

A VENTIUR já soma parcerias com grandes players, como Grupo Panvel, Sicredi e +A Educação

Em parceria com a VENTIUR, recentemente o Grupo Panvel lançou o Panvel Ventures e anunciou a primeira startup investida. O Grupo, que atua no setor farmacêutico, apostou suas primeiras fichas na startup Lincon, uma healthcare que promove terapia digital humanizada, solução que prevê o monitoramento de indicadores de saúde.

A companhia deu início ao movimento estreitando o seu relacionamento com uma startup diretamente conectada ao seu propósito. Além dela, nos últimos meses a VENTIUR anunciou o lançamento de mais outros dois CVCs, com o Sicredi e o Grupo +A Educação.

Como uma das maiores aceleradoras de startups do Brasil, atuamos como uma intermediária entre empresas que buscam inovação e startups que visam o crescimento. Em nosso leque, já contamos com aportes de recursos financeiros e smart money em mais de 70 negócios inovadores, contabilizando um total de sete exits.

Para entender melhor como a VENTIUR atua em seus programas de aceleração e investimentos, entre em contato com a nossa equipe especializada!

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.