No dia 20 de maio a VENTIUR, o BRDE e a Aliança para a Inovação, entidade que une as Universidades Puc – RS, UFRGS e Unisinos, realizaram uma live sobre comunicação e tecnologia com especialistas. O encontro foi mediado por Fabio Bernardi da Morya Comunicação e teve a participação de Marco Stefanini, CEO global da Stefanini e sócio da VENTIUR, Ricardo Meira da Tableu Software e Rodrigo Koetz, diretor de inovação da Teevo.
“O empreendedorismo é a mãe de todas as inovações”.
Foi a frase que deu abertura para a fala de Marco Stefanini, que apontou para vários fatos que identificam o comportamento dos mercados nesse período de crise.
Duas críticas aos modelos atuais das startups citados por Marco envolvem quem pensa apenas em crescimento sem ganhar dinheiro. Segundo Marco, esse é um modelo que até é incentivado por vários investidores, mas na fase atual e provavelmente pós covid-19 tendem a diminuir. Além disso, também citou que uma das fraquezas das startups que crescem é não pensar em operação. Acreditam que só com bons produtos e ideias criativas se darão bem no mercado, o que é uma falácia. Pensar em operação é fundamental.
“No mundo tradicional, muitos setores têm ou tinham dinheiro e têm clientes, mas falta mindset digital, empreendedorismo e um pensamento customer centric.”
Segundo Marco. O público de empresas tradicionais precisa aprender a trabalhar de maneira mais eficiente, e a pandemia está desenvolvendo coragem e acelerando a digitalização das empresas.
Ricardo Meira comentou muito sobre a anormalidade e citou que muitas pessoas estão fazendo coisas que nunca foram treinadas a fazer.
“A anormalidade é a dificuldade em que as pessoas têm de se reajustar e se adaptar. “
Meira também citou a questão de digitalização das empresas. Segundo ele, as empresas que estão adiantadas em relação a digitalização crescem 7x mais rápido, com 23x mais clientes e clientes 9x mais leais.
“Empresas biônicas possuem um traço particular que é a resiliência, que vai ser a maior fonte de vantagem competitiva para o futuro. Resiliência é se adaptar, ajustar e prosseguir independente do cenário atual.”
Como oportunidades de negócios, Ricardo citou as 3 fases em que os empresários estão preocupados: Estabilizar seus negócios para não quebrar, reabrir de maneira correta e posteriormente crescer. Quem tiver soluções que ajudem nesses 3 cenários poderá crescer mesmo em meio a pandemia.
“A grande mudança que estamos vendo é a velocidade, porque a incerteza é a constante.”
Essa foi a frase inicial de Rodrigo Koetz, que defendeu em sua fala que a mudança e a incerteza sempre ocorreram, porém nunca de forma tão rápida.
Para Rodrigo, vivemos a ilusão dos unicórnios, que parou pelo menos temporariamente pois agora o foco é a preservação de caixa. As startups devem olhar menos para unicórnios e mais para camelos. Devem fazer as coisas certas pelo maior tempo possível e com o máximo de eficiência.
“Muito se fala que feito é melhor que perfeito, porém agora temos que ter um entendimento de que devemos fazer bem feito, para fazer uma vez e tirar isso da frente”.
Sobre questões de revolução, todos concordaram que não estamos vivendo uma mudança de era, mas sim uma aceleração de comportamentos que já estavam ocorrendo há mais tempo.
Algumas das mudanças citadas com a questão do covid-19 foram a desvalorização das metrópoles, o consumo está e será mais repensado e seguro, pois a fragilidade das finanças mostraram a importância de atenção nessa área. Ficou evidente que o brasileiro não tem grau de poupança alta, saúde e qualidade de vida. As pessoas estão redescobrindo as suas casas, que têm um novo papel, além da proximidade e convívio familiar.
Para as empresas, a comunicação precisa transmitir propósito e garantir reputação. As pessoas querem se engajar com empresas que tenham propósito que vai estar alinhado com o que elas acreditam. Mas também não adianta apenas falar, tem que manter a palavra e entregar o que promete.
A próxima live será no dia 26 de maio as 18h com o tema Novas demandas nos negócios pós covid-19. O encontro reunirá especialistas em áreas como agronegócio, varejo e logística que vão contar como os seus mercados estão sendo impactados e as tendências para os próximos meses.