Tendências de inovação que impactam o mercado em 2022

Você que trabalha com tecnologia ou está inserido nesse contexto, já conhece as tendências de inovação para este ano? Cada vez mais a inovação está presente no mundo dos negócios. Independentemente de qual seja o segmento econômico, essas soluções estão transformando a maneira como as organizações desenvolvem suas soluções e interagem com seu público.

Para especialistas do setor, essas transformações devem gerar novas oportunidades que vão desde investimentos em startups até novas experiências de venda multicanal, como veremos abaixo. 

Quando falamos de investimentos em startups, em especial, uma das tendências de inovação que deve se consolidar ainda mais em 2022 é o chamado equity crowdfunding, ou investimento coletivo. Essa modalidade de aporte financeiro consiste na troca de participação societária por aporte de recursos, onde o capital mínimo acaba sendo menor que os valores tradicionais. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indicam que no ano passado foram captados R$ 188 milhões via crowdfunding de investimentos – 123% a mais do que em 2020. Nesse cenário, o crescimento no número de investidores na modalidade em 2021 foi de 139% com relação ao anterior.

Um dos diferenciais desse modelo, é que este permite que mais pessoas possam investir naquela empresa a partir de cotas financeiras com valores menores – o investimento individual anual nesse tipo de oferta é de R$ 20 mil. Nesse caso, quando uma startup abre uma nova rodada de crowdfunding, deve ser definido um valor-alvo de captação. Por sua vez o valor mínimo de captação é calculado em dois terços do valor-alvo estabelecido naquela rodada. 

Quando o índice mínimo de aportes não é atingido, a operação é cancelada e os investidores recebem seu dinheiro de volta. Para ser ter uma ideia da relevância  de engajamento dessa modalidade, em 2021 a startup gaúcha Trashin, acelerada pela VENTIUR, captou, em apenas quatro horas, a R$ 1 milhão via CapTable – tempo recorde para a modalidade de financiamento coletivo no Brasil. 

Metaverso impulsiona novos negócios e consolida tendências de inovação

Você já deve ter ouvido falar muito do Metaverso ultimamente – a realidade paralela que mais parece ter saído de filmes de ficção científica como Matrix, está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Essa nova camada da realidade que conecta mundo real e virtual, a partir de um ambiente totalmente imersivo constituído através de tecnologias como realidade virtual e aumentada, possibilita que as pessoas possam interagir umas com as outras por meio de avatares. 

E o nível de interação entre os usuários da plataforma vai além de reuniões de trabalho ou shows musicais. Construída em blockchain, já existe até mesmo uma economia do Metaverso com produtos e serviços. No caso do markerting digital, por exemplo, com a plataforma uma campanha publicitária pode ser realizada tanto no mundo real, quanto no virtual, oferecendo uma experiência transmídia. A realidade paralela tem suscitado novos negócios também em outros setores, como é o caso do varejo, por exemplo. 

No caso das lojas virtuais, em específico, ao migrarem para a realidade paralela, estas poderão ampliar a experiência multicanal do cliente (falaremos um pouco mais sobre ominichannel abaixo). Mas nem tudo são boas notícias para os lados do Metaverso – no final de junho, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública executou pela primeira vez, um mandado de busca e apreensão na realidade paralela. A operação, realizada no âmbito da quarta edição da Operação 404, teve como alvo a pirataria digital. 

O termo Metaverso se popularizou em 2021 nas empresas do Vale do Silício e mais recentemente com Marc Zuckerberg, proprietário do conglomerado de mídias sociais Facebook Instagram e Whatsapp, que anunciou sua própria versão dessa realidade, a Meta. No entanto, encontramos a origem do termo no livro de ficção científica “Snow Crash”, publicado em 1992. De autoria do escritor Neal Stephenson, a obra narra a história de um entregador de pizza que no mundo virtual (chamado de Metaverso) assume a figura de um samurai.

Open banking já é uma realidade 

Antes do open banking, a possibilidade de compartilhamento de dados de clientes entre instituições financeiras até então não existia, ficando as informações restritas ao banco ou fintech de origem. No entanto, a medida em vigor desde o ano passado permite que todo o histórico financeiro de um consumidor, seja ele pessoa física ou jurídica, construído ao longo de anos, esteja disponível a todas as instituições financeiras.

Mais inovador que o sistema de pagamentos instantâneos, o já conhecido PIX, esse modelo permite que os clientes possam compartilhar seus dados cadastrais entre diferentes financeiras autorizadas pelo Banco Central. Com esse compartilhamento, as instituições poderão realizar uma análise mais criteriosa, o que deve contribuir para a diminuição do spread bancário – diferença entre o custo que o banco paga para captar recursos e o quanto ele cobra nas operações de crédito feitas pelas empresas. 

Essas tendências de inovação podem gerar ótimas oportunidades de crescimento para as fintechs – startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais. Nesse contexto, empresas que desenvolvam produtos e serviços focados em entender as necessidades do cliente, deverão ter sucesso.

O ESG chegou mesmo para ficar!

Já falamos em outros textos aqui no blog sobre a relevância do Environmental, Social and Governance (ESG), da sigla em inglês, para o mercado corporativo – inclusive alguns fundos de investimento ao redor do mundo optam por aportarem recursos somente em negócios responsáveis com o meio ambiente, a sociedade e a sua própria gestão. 

Porém, mais do que uma tendência, o tema já entrou na pauta de muitas organizações. Atualmente há uma série de iniciativas globais com foco em garantir que as empresas sigam práticas mais sustentáveis de gestão, algumas delas lideradas pela ONU, como a Agenda 2030. 

Paralelo à essa tendência do mercado corporativo, cresce também o número de profissionais, em especial os mais jovens, que procuram empresas que cultivam as boas práticas de ESG para trabalharem. Pesquisa realizada pela consultoria Eureca sobre a percepção da ética pelos jovens, em especial no mercado de trabalho, indicou que organizações que adotam o ESG estão entre as preferidas pelos jovens.

Experiência ominichannel mistura físico e digital

A pandemia de Covid 19 impactou diretamente a forma como interagimos enquanto sociedade. Seja no trabalho, na maneira como participamos de eventos, ou ainda como consumimos produtos ou serviços, as medidas restritivas de circulação de pessoas para conter a disseminação do vírus alteraram significativamente os padrões pré-estabelecidos antes da pandemia.

Falando de compras, em especial, cada vez mais as empresas devem estar preparadas para acompanhar a tendência do modelo de venda multicanal, o chamado omnichannel, do inglês. Por meio desse formato multicanal, um produto poderá ser vendido pelo e-commerce e retirado na loja física, por exemplo.

Dessa maneira o sistema de vendas funciona de maneira integrada, on e off-line, mesclando o atendimento no ambiente digital e no ponto físico. Esse modelo é uma alternativa ao consumidor que não deseja arcar com os custos do frete, e que também não quer ter eventuais problemas com prazos de entrega.


E então, gostou do tema? Quer saber mais sobre as novas oportunidades em negócios, startups, tecnologia e novos investimentos? Para ficar atualizado sobre as notícias e novidades sobre estes e outros temas relacionados a empreendedorismo e tendências de inovação, siga a @ventiur.net nas redes sociais. A VENTIUR é uma das principais aceleradoras de startups do Brasil e está sediada no polo tecnológico da Unisinos, o Tecnosinos, em São Leopoldo/RS.

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.