STAC oferece ferramentas para gestão eficiente de aviários

 

Startup está entre as selecionadas para novo ciclo de aceleração da VENTIUR 

 

Tornar eficiente a gestão de aviários por meio do uso de ferramentas de monitoramento, esse é o objetivo da Stac – startup do Paraná que está entre as cinco empresas selecionadas para a turma 11 da VENTIUR, cujo ciclo de aceleração iniciou em dezembro e se estende até julho de 2021. Durante o processo de aceleração, a Stac terá o acompanhamento da aceleradora e de seus mentores.

O CEO da Stac, Mahuan Abdala, comenta que a empresa tem como foco a melhoria na performance dos aviários. De maneira prática e intuitiva, a ferramenta criada pela startup paranaense utiliza a informação para atingir o desempenho desejado com sensores modulares, sem a necessidade de modificações na estrutura do aviário. Isso porque os equipamentos podem ser fixados de maneira independente da estrutura ou tecnologias que o produtor já possua em seus espaços.

Conforme Abdala, esse gerenciamento dos dados através do uso de Internet das Coisas (IoT), permite que o produtor entenda como cada aviário se comporta, possibilitando o manejo necessário de maneira individual para cada período do dia. A informação gerada pelo painel e sensores é coletada pela tecnologia IoT da Stac e enviada para a plataforma na nuvem. Dessa maneira o avicultor pode acompanhar os dados de ambiência e do desenvolvimento do lote de cada aviário remotamente e em tempo real, tendo a garantia de que seu aviário está com a melhor ambiência para que seu lote tenha um bom rendimento. 

Caso haja algum problema, ele receberá alarmes em seu celular. “Através do aplicativo no celular, o produtor consegue monitorar dados de ambiência e do desenvolvimento do frango”, explica o CEO. Conforme ele, a coleta de dados permite a unificação das informações, e auxilia o produtor na tomada de decisão.

 “Nossa solução auxilia o produtor no manejo, no planejamento estratégico e na tomada de decisão de seu negócio. Se ele (o produtor) tem dois aviários em uma mesma propriedade com a mesma linhagem de pintainho, mesma ração e mesmo manejo, os resultados são diferentes, com o conhecimento do comportamento de cada aviário durante o dia é possível realizar o manejo ideal para cada um obtendo melhores resultados a cada lote”, comenta.

Abdala ressalta que o controle e o monitoramento das aves também contribuem para o aumento da lucratividade dos negócios. “Um dos produtores que utiliza nossa solução teve redução de 50% na mortalidade das aves”, observa. Somente no Paraná, mercado onde a empresa atua, foram produzidas pelo setor avícola 984,7 milhões de aves, de janeiro a junho de 2020 – elevação de 7,1% com relação ao total de abates registrado no mesmo período do ano anterior. Desta produção, 33,6% foi destinado ao mercado externo. Entre os países que mais importaram a carne de frango do Paraná estão: China, África do Sul, e Emirados Árabes Unidos.

 

 

Das aulas de empreendedorismo na faculdade à empresa de sucesso

O CEO revela que a ideia para a criação da empresa surgiu em 2016, durante as aulas de empreendedorismo do segundo ano do curso de graduação em Ciência da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, a Unioeste, localizada no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu.

Naquela ocasião, ele, junto com os colegas Cleber Medeiros e Lucas Hübner (seus atuais sócios na Stac), receberam do professor o desafio de pensar soluções tecnológicas para as organizações. “Fomos instigados a resolver um problema real existente nas empresas. Ao olharmos para o mercado, percebemos que a avicultura, que é uma área de extrema importância para nossa região, também era muito carente de tecnologia” recorda Abdala.

Diante desse cenário, os estudantes resolveram criar algo voltado para atender necessidades específicas do segmento. O CEO teve passagem pela indústria avícola e já conhecia as dificuldades enfrentadas pelos produtores, principalmente no que se refere a tecnologia para a análise de dados nos aviários. Segundo ele, diferente de outros segmentos do agronegócio, como a agricultura, que dispõem de tecnologias avançadas, para os avicultores faltam ferramentas para a gestão técnica de suas propriedades. 

E foi através de uma pesquisa minuciosa junto a esse mercado que surgiu a empresa. Ainda em 2016, a startup participou de um edital de aceleração para novas empresas do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). “Estávamos com muita vontade de fazer acontecer, pois já vivenciamos o ecossistema de inovação”, lembra.

Junto com os sócios, Abdala atuou como voluntário de uma startup incubada no Parque Tecnológico. Durante três meses eles desenvolveram o produto e iniciaram seu MVP – Produto Mínimo Viável. Ao final do processo, a Stac ficou entre as 3 melhores e o ano seguinte (2017) iniciou seu processo de incubação no PTI. Com a solução pronta, os três sócios apresentaram a solução para o mercado e buscaram sua validação junto aos clientes. 

 

Reconhecimento no mercado avícola nacional

O diferencial da empresa é reconhecido não só pelos produtores que utilizam diariamente sua solução, mas também por entidades ligadas ao segmento. A Stac ficou na primeira e segunda posições do programa “InovaAVI: chocando ideias”, realizado em outubro de 2020 pela Embrapa, e que selecionou as melhores soluções para avicultura no sul do País.

A solução vencedora foi a Stac Robot – projeto desenvolvido em parceria com o Laboratório de Internet das Coisas (LabIoT) da Unioeste, o qual consiste no desenvolvimento de um robô autônomo que tem como objetivo auxiliar o produtor no manejo diário de seus aviários. 

O segundo ficou lugar com a AveStac PROsolução que visa a auxiliar o produtor na tomada de decisão e no manejo de seus aviários a partir da utilização de dispositivos de Internet das Coisas – IoT. A ferramenta realiza o monitoramento em tempo real das informações relacionadas ao ambiente e a produtividade.

Empresa projeta expansão para 2021

Os recursos que serão repassados a empresa por meio do programa IA² MCTI – Inovação Aberta e Inteligência Artificial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em conjunto com a Softex, no âmbito do Programa Prioritário, já têm destino certo. A empresa quer ampliar seu ramo de atuação e por isso irá concentrar os aportes financeiros na estruturação dos times de marketing e vendas, como forma de atrair novos clientes a partir do próximo ano.

“Atualmente estamos atuando no Estado do Paraná mas queremos atuar em outros mercados também. Já temos clientes procurando nossa solução no Nordeste e também no Rio Grande do Sul”, finaliza Abdala. Para saber mais sobre a Stac acesse o site https://agrostac.com.br/home ou nas redes sociais pelo @stacavicultura. 

Além da Stac, outras três startups serão aceleradas pelas VENTIUR por meio de recursos do programa do MCTI no ciclo da turma 11. Interessados em saber mais sobre este e outros programas de aceleração e investimento da VENTIUR, podem entrar em contato pelo email [email protected].

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

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