Reunião inaugural da etapa de aceleração teve participação do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Luís Lamb, do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, do presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, de integrantes da Aliança para a Inovação, BRDE e Ventiur
O Ecossistema de Inovação do Rio Grande do Sul foi o tema central da reunião on-line realizada nesta terça-feira (04/08) para assinalar o início do processo de aceleração das startups gaúchas selecionadas pelo Programa BRDE Labs. Lançado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) com o propósito de criar soluções inovadoras para a retomada da economia após a pandemia de Covid-1, o programa é coordenado no Estado pela aceleradora VENTIUR e tem o apoio dos parques tecnológicos das três universidades que integram a Aliança para a Inovação – UFRGS, PUCRS e Unisinos.
Das 188 startups inscritas no Programa, 30 participaram da etapa de pré-aceleração e, dentre essas, 12 foram as escolhidas para a etapa de aceleração, que se estenderá até novembro deste ano com uma intensa programação. São elas: 2Metric, Agência Besouro, BioIn, DigiFarmz, Elysios, Essent Agro, Faba, Insumo Fácil, Palma Sistemas, Polvo Spot, Optim e Talos.
Carlos Klein, presidente do Conselho da VENTIUR, deu as boas-vindas aos empreendedores. “Acreditamos na ideia de ecossistema, de comunidade. E podemos aprender muito juntos, com o apoio das três universidades e do banco”, disse. Em seu recado aos empreendedores, afirmou: “São as pessoas que têm a capacidade de fazer diferença. Vamos desenvolver competências, promover crescimento individual e prosperidade para a nossa comunidade”.
O presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, expôs os três principais pilares do trabalho do banco no campo da inovação: crédito, participação em fundos de investimento e apoio não creditício aos empresários. “O BRDE Labs faz parte desse nosso esforço para promover o empreendedorismo e a inovação na região Sul”, destacou, avaliando como positiva a diversificação setorial e geográfica que resultou do processo de seleção, com a presença de startups de municípios como São Leopoldo, Tucunduva, Cachoeirinha, Santa Maria e Passo Fundo, entre outros.
“O momento de crise acelera tudo, inclusive as oportunidades e desafios”, observou o superintendente de Inovação da PUCRS, Jorge Audy. “Nos ecossistemas de inovação, as startups serão cada vez mais os ambientes de conexão com o futuro, de criação dos novos espaços e redes”. Ele citou exemplos de iniciativas que possibilitam “o transbordamento do ambiente inovador para o território da cidade, do estado” e manifestou sua expectativa de criação de mais mecanismos para geração de empreendimentos com o BRDE Labs, “que aceleram empresas nascentes, ágeis, com pessoal ousado”.
Para Audy, o mais importante é o impacto, a grande transformação a cargo das empresas que compreendam seu papel na sociedade, sua responsabilidade social e ambiental, e que possuem senso de solidariedade. “Desejo que a crise crie uma nova consciência global para que possamos entregar um mundo melhor às novas gerações”, enfatizou.
O secretário estadual de Inovação, Luís Lamb, também destacou o valor da governança responsável ao apresentar as estratégias e programas em desenvolvimento pelo Governo do Estado. Segundo ele, há novas métricas que começam a mudar a economia global e a visão de PIB das nações para o pós-crise. “Os valores intangíveis serão incluídos no novo cálculo”, observou. “Diante da necessidade de dar respostas rápidas, valor e relevância às nossas instituições, o Estado serve para apontar um Norte. E o nosso princípio é a inovação como centro da estratégia de um desenvolvimento regional que gera riqueza, com colaboração, inclusão, diversidade, compartilhamento e transversalidade”, sintetizou. “Precisamos agregar toda uma região em torno de um objetivo comum, um projeto desafiador alinhado com o século 21, que una as pessoas para construirmos dignidade econômica para todos”, concluiu.
Na opinião de Luiz Noronha, a agenda internacional 2030 proposta pela ONU e o conjunto dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que ele chama de “agenda do bem”, indicam os caminhos para a inovação. “Quem não estiver nessa toada, estará fora do mercado”, advertiu. “A inovação é um tema transversal e estamos trabalhando para prover os instrumentos financeiros adequados ao desenvolvimento sustentável”.
PROGRAMA DA ACELERAÇÃO
Nos próximos meses, a agenda de aceleração do BRDE LABS prevê uma série de bootcamps, reuniões de acompanhamento e eventos de capacitação com foco no desenvolvimento dos empreendedores. As atividades envolvem palestras para transmissão de conhecimento e workshops com exercícios práticos envolvendo temas como liderança, OKRs, aspectos jurídicos, contabilidade, vendas, marketing, gestão, finanças, RH, pricing, desenvolvimento de produto e captação de recursos, entre outros.
Durante o processo de aceleração, as startups serão acompanhadas pela aceleradora e mentores indicados pelos parceiros institucionais. Essa rede de mentores agregará conhecimento, experiência de mercado e, dentro do possível, abrirá portas para as startups através de suas conexões.