Negócios inovadores: conheça mais sobre o mercado das ‘techs’

O crescimento da tecnologia tem contribuído cada vez mais para o desenvolvimento de negócios inovadores em diversos segmentos da sociedade. Essas aplicações têm facilitado a nossa vida, em especial nestes tempos de pandemia da Covid 19. Todas essas mudanças têm impulsionado a criação de startups inovadoras que utilizam a tecnologia, as chamadas techs. Essas empresas atuam em nichos específicos, como finanças, saúde, educação, energia, alimentação, agronegócio, sustentabilidade, dentre outros. 

O crescimento dessas startups tecnológicas se deu, principalmente em função das segmentação de mercado. Esses negócios surgiram com o objetivo de facilitar o acesso das pessoas a produtos e serviços, e ganharam ainda mais força durante a pandemia. Com as medidas restritivas de circulação para tentar conter a disseminação do vírus, a mudança nos padrões de comportamento – e de consumo – abriu novas oportunidades para os empreendedores. 

Dentro desse contexto, as novas tecnologias se tornaram aliadas dos empreendedores, que desenvolveram novas soluções para atenderem seus clientes. Além de atrair empreendedores, a pandemia também levou empresários ‘tradicionais’ a migrarem para o setor tecnologia, adotando o sufixo tech. Um destes setores, o financeiro, consolidou o Brasil com um dos grandes ecossistemas de fintechs, segundo relatório da consultoria Findexable.em parceria com a finteh alemã Mambu. O país alcançou a primeira posição da América Latina. 

São tantas techs, que por isso preparamos abaixo uma lista com os principais segmentos que adotaram esse sufixo. Porém ainda existem outros em franca expansão, como também falaremos um pouco mais sobre essas áreas ainda neste artigo. 

Fintechs

Um dos primeiros segmentos a despontar no País, as fintechs são aquelas negócios inovadores de tecnologia que atuam no setor financeiro. Com foco principal em agilizar a resolução dos problemas do cliente, entre as principais empresas do setor, destaque para os chamados ‘unicórnios’ (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão), como Nubank e Conta Azul. Ainda sobre este segmento, com o advento do open banking, as fintechs devem ter novas oportunidades de crescimento, em especial nas áreas de desenvolvimento de soluções e vendas. Em um ano, o número de fintechs no Brasil saltou de 61 para 108. 

Agtechs

Com foco em soluções para o agronegócio, as agtechs estão cada vez mais presentes no País. Com o uso de tecnologia de ponta, essas empresas levam inovação aos diversos setores do agro, o que inclui gado leiteiro, pecuária de corte e grãos. No ano passado, em meio a pandemia, empresas do setor tiveram valorização de até 56%, e levaram a transformação digital ao campo. Dados do Radar Agtech Brasil indicam que Porto Alegre é a sexta cidade brasileira com mais agtechs  – no Brasil existem atualmente 1,6 mil deste segmento. 

Healthtechs

As chamadas healthtechs (tecnologia para saúde, do inglês) são aquelas startups que desenvolvem soluções tecnológicas para o setor da saúde. Este é um dos segmentos que mais cresce em todo o mundo, e também registrou alta durante a pandemia de Covid 19. Em função das medidas restritivas de circulação, áreas como a telemedicina ganharam força, facilitando o acesso da população aos serviços médicos por meio do uso de tecnologias digitais. E a tendência é de que os serviços médicos online se mantenham em alta mesmo após o término do confinamento. Estimativa da Associação Nacional dos Hospitais Privados aponta que esse número deve chegar ao patamar de 15% ao ano. 

Energytechs 

Essas startups trabalham no segmento de energia – um dos setores mais estratégicos e carentes de infraestrutura tecnológica do País. Empresas desse setor trabalham tanto na geração, quanto no controle e na gestão de energias comuns e renováveis. Atualmente o Brasil tem mais de 150 startups do setor de energia, as quais buscam solucionar o problema da crise energética. Estes negócios inovadores atuam nas áreas de energia renovável, gestão energética, eficiência energética, internet das coisas (IoT), mercado de energia e baterias, e estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste do País.

Edtechs

Também conhecidas como edutechs, essas empresas desenvolvem soluções inovadoras para a área de educação. Por meio de plataformas virtuais de ensino, aplicativos para dispositivos móveis, objetos de aprendizagem, cursos online, dentre outras ferramentas, estas startups também ganharam destaque durante a pandemia. Isso deve, em especial, à migração das aulas presenciais para ambiente virtual – um dos principais entraves para a educação em tempos de Covid foi justamente a comunicação. Para facilitar o processo de ensino, estas plataformas reúnem realidade virtual, inteligência artificial e gamificação. Atualmente existem no País 566 edtechs ativas – número 26% superior ao registrado em 2019.

Foodtech

A junção da palavra inglesa food (alimento) com a tecnologia, deu origem ao termo foodtech. Ainda que seja mais consolidada em outros países do que no Brasil, a categoria atrai cada vez mais empreendedores e investidores atentos a este tipo de negócio. Capaz de reinventar a forma como criamos, compramos, cozinhamos e pensamos a comida, o setor atende as demandas de vários públicos, permitindo que por meio de um app possa receber em sua casa alimentos e bebidas. Um dos exemplos mais emblemáticos desse setor é o do Ifood – unicórnio brasileiro que praticamente abriu caminho para as demais plataformas do segmento. 

Imobtech ou Proptech

Este segmento também já é um velho conhecido do consumidor e realiza a conexão entre corretores, imobiliárias e pessoas que estão procurando alugar ou vender imóveis. As chamadas imobtechs ou proptechs têm como objetivo desburocratizar e agilizar os processos de locação, compra e venda de imóveis. De acordo com a Terracotta Ventures, somente em 2020, houve crescimento de 23% no número de startups do setor. Um dos nomes mais conhecidos nesse segmento é o unicórnio brasileiro Quinto Andar. 

ESGtechs

Esse segmento é relativamente novo, mas tem chamado a atenção dos investidores ao redor do mundo, em especial por sua conduta pautada pelo social, ambiental e de governança. As ESGTechs são negócios inovadores da área de tecnologia que cultivam as boas práticas de Environmental, Social and Governance (ESG), da sigla em inglês. Sua proposta tem atraído a atenção dos investidores, como é o caso da Trashin – startup acelerada pela VENTIUR e que atua na gestão e logística reversa de resíduos em empresas e condomínios. Em maio a startup gaúcha captou, em apenas quatro horas, a R$ 1 milhão via CapTable – tempo recorde para a modalidade de equity crowdfunding no Brasil.


Negócios inovadores: Techs de outros segmentos também registram crescimento

Como já falamos a transformação digital impulsionou o surgimento de negócios inovadores, em especial de startups, em diversos setores da economia. Além dos nichos de atuação que falamos acima, empresas de outros segmentos também têm ganhado destaque nos últimos anos utilizando o ‘sobrenome’ tech. Dados da Associação Brasileira de Startups indicam que entre 2015 e 2019, o número de startups no Brasil saltou de 4,151 para 12.727. Isso resultou em um aumento de 207%. Muitas destas organizações também entregam propostas inovadoras para o seu público, revolucionando atividades tidas como tradicionais. 

Entre elas estão: salestechs (soluções vendas), logtechs (logística), touristechs (turismo), mobilitytechs (mobilidade), indtech (soluções industriais), HRtechs (recursos humanos), fashiontechs (moda e beleza), lawtechs (ligadas ao direito), insurtechs (seguradoras tecnológicas) pettechs (mercado pet), regtechs (regulamentação e compliance), govtechs (soluções governamentais), construtechs (construção civil), e sportechs (esporte).

Mais recentemente acompanhamos o surgimento de um novo unicórnio brasileiro, a chamada “idtech” Unico. Trata-se de uma empresa que trabalha com identificação pessoal, e é pioneira em autenticar e proteger identidades no ambiente digital. Se você também tem um negócio inovador e gostaria de impulsioná-lo, nós da VENTIUR podemos te ajudar.

Para mais informações sobre nossos programas de aceleração e investimento em negócios inovadores, como as startups, entre em contato com nossa equipe. Para ficar atualizado sobre as notícias e tendências sobre empreendedorismo e inovação, siga a Ventiur no Linkedin.

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.