Healthtech SYN democratiza acesso a cirurgias particulares

O crescimento da tecnologia tem contribuído cada vez mais para o desenvolvimento de soluções inovadoras em diversos segmentos da sociedade. Um dos setores mais impactados pelas novas tecnologias é o da saúde, o que contribuiu para o surgimento das chamadas healthtechs (startups que atuam com tecnologias para saúde, do inglês).

Nesse contexto, uma das empresas que tem se destacado é a  SYN Saúde – startup que começou a ser acelerada pela VENTIUR em fevereiro deste ano, e que tem como objetivo democratizar o acesso a cirurgias particulares, à saúde, facilitando a conexão entre pacientes, médicos e hospitais.

A CEO e sócio fundadora, Ana Lemos, comentou que a solução da SYN tem como objetivo facilitar o acesso a cirurgias particulares para aquelas pessoas que não possuem plano de saúde – e que também não podem esperar para realizar o procedimento na rede pública (SUS). “Temos um time de suporte e orientação ao paciente e o que mais ouvimos é que uma das maiores dificuldades na contratação de uma cirurgia particular é a burocracia e a falta de previsibilidade dos gastos”, revelou a empreendedora. 

SYN: facilitando o acesso a cirurgias particulares
Sistema simples e rápido, para facilitar o acesso a cirurgias particulares.

E é justamente esse processo que pode ser complexo e demorado (situação acentuada pelo fato de que o paciente precisa realizar o procedimento) a startup se propõe a facilitar o acesso a cirurgias particulares.

Por meio da plataforma SYN é possível simular o financiamento dos valores já cotados para a cirurgia e ter acesso a todas as informações que envolvem esse processo, o que inclui prazos e valores de parcela. Ao final da simulação, o paciente recebe um orçamento único, o que garante maior previsibilidade e economia, podendo, inclusive, já encaminhar a contratação do procedimento cirúrgico com um dos operadores financeiros parceiros da plataforma.

E os números da SYN impressionam: em pouco mais de um ano a startup já viabilizou 2,5 milhões de cirurgias apenas no Maranhão, tendo em sua base 240 médicos cadastrados de diversas especialidades. Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), indicam que mais de 70% da população brasileira não tem plano de saúde. Nesse contexto, a fila de espera por cirurgias via SUS ultrapassa a marca de 1,4 milhão.

Como surgiu a SYN Saúde?

A SYN surgiu em 2018, na cidade de São Luís, capital do Maranhão. Na oportunidade Ana Lemos, que é administradora de empresas, juntamente com o médico neurocirurgião, Dener Zandonadi, cursavam um MBA em Gestão Empresarial e resolveram desenvolver como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), um modelo de negócio para uma empresa da área da saúde. Eles se conheceram durante o curso e fizeram os primeiros esboços do modelo de negócio da SYN. “Percebemos a relevância do projeto, e por isso nos inscrevemos em um programa de aceleração do estado do Maranhão”, revelou a empreendedora.

Ao final do programa, que teve duração de sete meses, a empresa fez uma pivotagem – termo derivado do inglês que significa uma mudança no modelo de negócio da startup. ‘Nossa ideia era criar algo que causasse impacto na área da saúde, que fosse um divisor de águas mesmo, mas nosso primeiro modelo tinha algumas barreiras de entrada”, lembrou a CEO. Com isso, em janeiro de 2020, ao final da incubação, teve início o processo de validação do negócio, realizado no Maranhão mesmo. 

Ana ressaltou que ela e o sócio conheciam o mercado de saúde e sabiam da dificuldade que as pessoas que não possuem plano de saúde enfrentam quando precisam contratar uma cirurgia de maneira particular. A pandemia atrasou um pouco os planos da SYN, mas ainda naquele ano eles começaram a rodar o primeiro modelo de estrutura, em setembro de 2020. 

“Criamos um formulário eletrônico e logo no início já conseguimos cinco médicos parceiros e viabilizamos 30 cirurgias”, observou a empreendedora. Meses mais tarde, em janeiro de 2021, a empresa deu início à estruturação da plataforma que entrou no ar em abril. E foi durante sua primeira rodada de captação que os empreendedores conheceram a VENTIUR (falaremos um pouco mais sobre isso abaixo). 

Segundo Ana, os recursos financeiros aportados pela Aceleradora serão utilizados para investimentos em tecnologia e ampliação do time, com foco em expansão. “Queremos ampliar nossa operação neste momento para seis estados em específicos: São Paulo, Ceará, Recife, João Pessoa e Rio Grande do Sul”, finalizou a CEO. 

Aceleração fastrack e aporte financeiro

O diretor de operações da VENTIUR, Guilherme Kudiess, comentou que a SYN participou do modelo chamado fastrack – processo que ocorre quando uma startup está praticamente pronta para captar investimento. Essa modalidade tem uma duração menor, entre 15 e 20 dias, e é indicado para as startups que já tem suas hipóteses validadas e seus processos mais definidos. 

Kudiess detalhou que nesse período que compreende o fastrack são feitas reuniões entre a equipe da VENTIUR, rede de investidores e os empreendedores para que o negócio seja conhecido de maneira detalhada. Ao final do processo, se for aprovado o investimento (como ocorreu com a SYN), este segue para as etapas seguintes, as quais consistem em negociação e elaboração de contrato. “Nesses casos a startup está mais madura e temos uma certeza maior de que vamos investir nela”, destacou o diretor.  Lembrou que a equipe da Aceleradora conheceu os empreendedores em um evento do programa Capital Empreendedor, do Sebrae, em dezembro de 2021, em São Paulo, o qual tem como objetivo auxiliar startups a captarem recursos. 

A iniciativa proporciona que os empreendedores tenham contato direto com os fundos de investimento, permitindo ainda maior visibilidade e troca de conhecimento entre os empreendedores. “Conhecemos os empreendedores, apresentamos aos nossos investidores, ela (a startup) já entrou em nosso portfólio e começamos o processo de aceleração em fevereiro”, detalhou o diretor de operações. O aporte na SYN foi de R$ 300 mil. 

Para capacitar a startup a VENTIUR está aplicando sua metodologia de aceleração de novos negócios, o qual potencializa a atitude empreendedora, e estimula a capacidade de execução, experimentação e co-criação. Durante o período de aceleração, os empreendedores da SYN têm uma agenda intensa de atividades, a qual inclui bootcamps, reuniões de acompanhamento e eventos de capacitação com foco no desenvolvimento do time. Além do aporte financeiro a startup recebe da Aceleradora o chamado smartmoney, o qual permite a modelagem e ampliação do seu negócio. 

Healthtechs ganharam força durante a pandemia

As chamadas healthtechs são aquelas startups que desenvolvem soluções tecnológicas para o setor da saúde. Este é um dos segmentos que mais cresce em todo o mundo, e também registrou alta durante a pandemia de Covid 19. Em função das medidas restritivas de circulação, áreas como a telemedicina ganharam força, facilitando o acesso da população aos serviços médicos por meio do uso de tecnologias digitais.

O número de empresas do setor saltou 542 em 2020 para 1.158 em 2021, segundo levantamento da plataforma Sling Hub, que mapeia dados de startups na América Latina, captando um total de 8,3 milhão de dólares em pouco mais de um ano. “As rodadas de investimento cada vez maiores mostram que em breve teremos algum unicórnio brasileiro neste segmento”, destacou João Ventura, CEO da Sling Hub. 

O bom desempenho das startups desse segmento está relacionado à sua capacidade de cruzar dados na identificação da melhor forma de atender as necessidades do cliente. E a tendência é de que os serviços médicos online se mantenham em alta mesmo após o término do confinamento. Estimativa da Associação Nacional dos Hospitais Privados aponta que esse número deve chegar ao patamar de 15% ao ano. 

Compartilhamos propósitos
e resultados

Ventiur
Importantes
Fale Conosco

Email: [email protected]
Av. Unisinos, 950 / Sala 101
Tecnosinos – Unitec I
São Leopoldo/RS

© Copyright Ventiur – 2021 | Todos os direitos reservados

Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

Para fomentar ainda mais o setor e auxiliar nesse crescimento, o Delta Capital abriu inscrições para selecionar Deep Techs. A chamada inicia dia 22/11 e vai até 10/12, não perca tempo e inscreva-se aqui!

 

 Em breve conheceremos as iniciativas selecionadas.