Fintechs atraem maior número de investimentos entre as startups brasileiras em 2022

Mesmo com a crise sanitária e econômica desencadeada pela pandemia do Covid 19, a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) projeta um cenário positivo para as fintechs. Dados de segmento indicam que entre 2015 e 2019, o número de startups no Brasil pulou de 4.151 para 12.727 – um aumento considerável de 207%.

A boa performance desses negócios inovadores têm atraído a atenção dos investidores. Neste contexto, o maior número de aportes financeiros tem sido feito nas chamadas fintechs – startups de tecnologia que atuam no setor financeiro. Com foco principal em agilizar a resolução dos problemas do cliente, empresas desse segmento atraíram somente em novembro US$ 311 milhões, conforme levantamento da plataforma de inovação aberta Distrito.

O valor total investido em startups brasileiras entre janeiro e novembro deste ano atingiu US$ 8,85 bilhões. Apenas no mês passado os aportes financeiros chegaram a US$ 809,9 milhões – maior valor do segundo semestre investido somente em fintechs. De acordo com o mesmo relatório, foram realizadas 55 rodadas de investimento em novembro, totalizando 677 até o momento em 2021. O volume investido é quase três vezes maior que o registrado no ano passado, que totalizou US$ 3,65 bilhões.

O bom desempenho do setor consolidou o Brasil com um dos grandes ecossistemas do setor no mundo, conforme relatório recente da consultoria Findexable. Entre as principais empresas de segmento de finanças, destaque para os chamados ‘unicórnios’ (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão), como Nubank e Conta Azul.  O diretor geral da Mambu no Brasil – companhia alemão que atua gestão na nuvem para bancos – Sergio Constantini, atribui o bom desempenho dessas startups à sua capacidade de atenderem necessidades muito variadas de clientes do setor financeiro.

Além disso, ele observa que essas empresas estão revolucionando esses serviços, tornando-os cada vez mais rápidos e acessíveis a todos – fator que foi impulsionado ainda mais com a pandemia da Covid-19 e suas medidas restritivas. Além das fintechs, as retailtechs (varejo), foodtechs (alimentação) e healthtechs (saúde), aparecem nas primeiras posições do levantamento realizado em novembro.

Open banking abre oportunidade para fintechs

Ainda sobre este segmento, com o advento do open banking (a fase mais recente começou no final de outubro), as fintechs devem ter novas oportunidades de crescimento, em especial nas áreas de desenvolvimento de soluções e vendas. Mais inovador que o sistema de pagamentos instantâneos, o já conhecido Pix, esse modelo permite que os clientes possam compartilhar seus dados cadastrais entre diferentes financeiras autorizadas pelo Banco Central.

Toda essa inovação no setor financeiro pode ser uma ótima oportunidade de crescimento para as fintechs. De acordo com a consultoria KPMG, três segmentos de tecnologia, o primeiro deles se refere a soluções de front-end – nesse segmento as fintechs poderão desenvolver experiências diferenciadas e facilitadas de navegação para que os clientes acessem os serviços e soluções dos bancos. Outra tendência de negócios pode ser a segmentação de produtos. Neste caso, empresas que desenvolvam produtos e serviços focados em entender as necessidades do cliente, deverão ter sucesso.

Por fim, serviços de infraestrutura também poderão gerar ótimas oportunidades, conforme estudo da KPMG. Neste cenário, as fintechs poderão auxiliar as empresas a escalarem seus produtos e eficientizar a gestão de seus dados e produtos, prestando serviços de infraestrutura e back-end de todo o sistema. Atualmente, a VENTIUR possui quatro fintechs em seu portfólio: Acerto Fácil, Easy Crédito, Supercash e Yoursbank. Esses negócios surgiram com o objetivo de facilitar o acesso das pessoas a produtos e serviços.

Mercado também está de olho nas startups ESG para 2022

Apesar de ainda ser minoria nesse mercado, um dos segmentos que mais tem atraído a atenção dos investidores de startups é o de Environmental, Social and Governance (ESG). Essas empresas de base tecnológica cultivam boas práticas de sustentabilidade e têm sua conduta pautada pelo social, ambiental e governança, sem perder seus diferenciais competitivos de mercado.

Relatório Inside ESG Tech Report, da plataforma Distrito, indica que startups com soluções para essas temáticas receberam US$ 991 milhões em investimentos desde 2011. O levantamento também mostra que no Brasil já são 740 startups com soluções em ESG. Essas empresas não são necessariamente, startups ESG, mas adotam esse modelo. No caso, elas estão distribuídas da seguinte forma, conforme suas práticas: 267 social, 257 ambiental e 216 governança.

Uma dessas empresas é a Trashin – startup acelerada pela VENTIUR desde 2019 que atua na gestão e logística reversa de resíduos em empresas e condomínios. A Trashin opera em sete estados brasileiros com a destinação correta do lixo coletado em condomínios e empresas dos mais diferentes segmentos. Atualmente mais de 80% dos resíduos coletados são aproveitados, sendo que o número de pessoas atendidas e impactadas, direta e indiretamente pela empresa, chegam a 250 mil.

Aporte em startups é alternativa a investimentos tradicionais

O aumento dos investimentos em startups pode estar relacionado a diversos fatores, dentre eles a volatilidade do mercado e a queda da taxa de juros. Esse último ponto fez com que investidores buscassem ativos mais arriscados, porém mais rentáveis, como é o caso dos aportes financeiros em negócios inovadores. 

Com o fim dos altos juros em aplicações como títulos do Tesouro Direito, a tendência é que esse investidor procure alternativas para as carteiras tradicionais de investimento. Somente dessa maneira é que poderão ter uma rentabilidade real positiva, com ganhos acima da inflação.

Além disso, especialistas do setor apontam que a mudança do comportamento de consumo, em especial durante a pandemia, contribuiu para esse quadro. Impulsionado por esse cenário, houve aumento de 68% no índice de vendas online no primeiro semestre do ano com relação ao mesmo período do ano passado, segundo estimativa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Mesmo com o término do confinamento, a tendência de comprar online do brasileiro deve se manter.

Se você também tem um negócio inovador e gostaria de impulsioná-lo, nós da VENTIUR podemos te ajudar. Para mais informações sobre nossos programas de aceleração e investimento em startups, entre em contato com nossa equipe.

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Aclamadas pela comunidade científica, as Deep Techs estão sob o mesmo guarda-chuva de empresas criadas a partir de disrupções em áreas como biotecnologia, engenharia e arquitetura de dados, genética, matemática, ciência da computação, robótica, química, física e tecnologias mais sofisticadas e profundas. São startups que propõem inovações significativas para enfrentar grandes problemas que afetam o mundo.

 

Por mais que tentar chegar a uma definição possa parecer um exercício bastante ousado, quando falamos de uma área de tamanho conhecimento e aplicação, negócios que se enquadram dentro deste conceito, tratamos de soluções com alto valor agregado, que irão impactar positivamente não só um grupo determinado específico de pessoas, mas que podem mudar o mundo.

 

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