O equity crowdfunding surgiu como uma possibilidade de financiamento coletivo que prioriza o investimento de pequenas quantias de capital em empresas e projetos que estão em ascensão no mercado.
Ele é caracterizado pelo investimento financeiro em troca de participação societária (equity) em uma empresa, principalmente startups.
Isso significa que ele possibilita — para o investidor — rendimentos futuros em empresas, startups ou projetos que contam com potenciais chances de crescimento.
Mas por que ele pode ser uma oportunidade tão vantajosa para os investidores? Neste artigo, você vai entender mais sobre o que é equity crowdfunding, como ele funciona na prática e como participar do investimento coletivo.
O que é equity crowdfunding
O equity crowdfunding funciona como um financiamento coletivo, possibilitando que startups e demais negócios consigam se desenvolver com o investimento de um grupo de pessoas, sem recorrer aos empréstimos tradicionais. Em troca da injeção de capital no negócio, os investidores recebem uma participação societária e têm a perspectiva de altos lucros no futuro do empreendimento, caso o negócio cresça e seja bem-sucedido.
Por ser destinado a pessoas físicas como potenciais investidores, o equity crowdfunding é ideal para quem tem uma renda extra e deseja apostar em ideias, startups ou empresas que são novas e podem oferecer retorno financeiro com o seu desenvolvimento e maturidade em sua área de atuação.
E para conquistar o direito de sociedade através da iniciativa, o investidor pode participar das rodadas com um investimento individual que varia de R$ 1 mil a R$ 10 mil por investidor, podendo chegar a valores maiores para investidores qualificados.
A cada rodada, a startup recebe um aporte normalmente entre 200 mil e R$ 3 milhões.
Este valor é utilizado no empreendimento para expandir a atuação do negócio, sua equipe, a capacitação dos colaboradores, a captação e manutenção de clientes e os gastos de uma startup ou projeto em desenvolvimento.
O equity crowdfunding garante benefícios para além das empresas amparadas pelo investimento coletivo. A modalidade também oferece retornos vantajosos para a sociedade e a área de atuação onde a startup está inserida.
Isso é possível pelo investimento em um negócio real, que gera empregos e desenvolve soluções para a sociedade.
Como funciona o equity crowdfunding na prática
Provavelmente você já tenha ouvido falar do crowdfunding. Na modalidade tradicional (muitas vezes batizada de vaquinhas) trata de um pré-financiamento de projetos que estão em fase de ideia ou início de desenvolvimento.
No crowdfunding, você entrega uma quantia do seu dinheiro — geralmente pré-estabelecida — e recebe a oportunidade de garantir uma recompensa quando o projeto estiver finalizado. Aqui, podemos estar falando de:
- Brindes e mimos pequenos, geralmente personalizados do projeto.
- CDs, filmes ou livros antecipados de um artista que fez crowdfunding para produzir sua arte.
- Ingressos para exposições, shows, peças de teatro ou musicais feitos com pré-financiamento.
- Prêmios ou sorteios de produtos em arrecadações no estilo crowdfunding.
Muitas vezes, o crowdfunding tradicional pode ser utilizado como uma estratégia de pré-venda a fim de testar o interesse e demanda do produto antes de seu lançamento.
Já o equity crowdfunding é visto como uma forma de investimento. Ele entrega muito mais do que uma experiência para o colaborador do negócio. Oferece participação e sociedade na empresa a partir do valor aplicado.
Por ser uma aplicação séria, cujo objetivo é aumentar o patrimônio e rendimentos da pessoa física, o investimento é regulamentado por órgãos fiscalizadores. No caso brasileiro, pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A partir da regulamentação, as plataformas autorizadas podem oferecer essa modalidade de investimento 100% online. O interessado consegue todas as informações da empresa, proposta comercial, oportunidades em sua área de atuação, projeções financeiras, documentos jurídicos e muito mais.
O investimento por equity crowdfunding é feito em rodadas, através das plataformas autorizadas. A cada rodada, é estabelecido uma quantia limitada de aplicações disponíveis.
Quando pelo menos ⅔ dos investimentos totais são confirmados pelos interessados, a rodada é viabilizada, finalizando a rodada quando as cotas atingem, no mínimo, 66%.
Os valores são estabelecidos de acordo com a necessidade total de capital e recurso que cada startup necessita para o seu crescimento e implementação da sua próxima fase de desenvolvimento. Os retornos para os investidores podem ser exponenciais e dependem da sustentabilidade da startup no mercado.
Para realizar um processo de equity crowdfunding, o investidor precisa ficar de olho em alguns pontos especiais nas plataformas autorizadas:
- Conferir as informações sobre a empresa.
- Observar os riscos e as projeções financeiras do projeto.
- O valor total que o empreendimento está captando e para onde eles destinarão o capital.
- A participação percentual que o empreendimento está oferecendo aos investidores.
- As condições dos contratos.
- O prazo de encerramento da oferta.
Os passos acima evitam que o investidor seja ludibriado com oportunidades falsas ou que não sejam tão interessantes para o seu momento financeiro.
Regulamentação da CVM para o equity crowdfunding
Já pensou como era o caminho de alguém que gostaria de investir em uma startup antes do surgimento das aceleradoras e das plataformas autorizadas?
O interessado era responsável por pesquisar startups do seu interesse, estudar os produtos desenvolvidos, o mercado e as projeções financeiras. Ele também seria incumbido de participar de reuniões com a empresa e negociações com advogados para participar do processo de due diligence.
Por ser um trabalho exaustivo e repleto de contratempos durante o estabelecimento dos termos de investimento, apenas investidores profissionais se empolgavam com essa forma de aplicação.
O equity crowdfunding vem para facilitar esse processo.
Em poucas horas — às vezes, até minutos — uma pessoa pode investir em startups qualificadas, selecionadas de acordo com os seus objetivos. O investimento é feito de casa, pelo computador ou celular, ampliando o público que procura essa modalidade de investimento.
Para que tudo ocorra conforme as regras, em 2017, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu as diretrizes para o equity crowdfunding na Instrução Normativa ICVM 588.
Projetos, startups e empresas que desejam participar de campanhas de financiamento coletivo precisam estar de acordo com as instruções da CVM. Uma das principais regras é que apenas empreendimentos com faturamentos de até R$ 10 milhões são enquadrados no equity crowdfunding.
Os investidores podem investir, anualmente, R$ 10 mil ou até 10% de sua renda bruta nessa modalidade, a não ser que se enquadrem como investidores qualificados.
Junto da parte de capital, são realizados detalhamentos minuciosos dos empreendimentos candidatos a fim de buscar garantias para os investidores.
A regulamentação da CVM garante segurança e contrato firmado com detalhamento das condições para o investidor, garantindo a transparência do acordo. Recentemente a ICVM 588 foi alvo de consulta pública e em breve devem ser anunciadas novidades como a possibilidade da negociação secundária entre investidores das plataformas.
Equity crowdfunding no Brasil
A primeira plataforma de equity crowdfunding surgiu na Inglaterra, em 2009, mas só três anos depois que elas foram regulamentadas no país.
No Brasil, o equity crowdfunding surgiu em 2014, com o desenvolvimento de sua primeira plataforma de investimento, mas ganhou força em 2017, quando foi aprovada a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Atualmente, o equity crowdfunding é visto como uma boa opção pelo retorno financeiro que pode garantir aos investidores. Segundo a Folha de São Paulo, isso é potencializado pela mínima histórica da taxa Selic, que está rendendo 2% ao ano.
As plataformas que arrecadam aportes para as startups, mas que garantem benefícios para os investidores, são uma ótima contrapartida para os investimentos tradicionais que não rendem tanto quanto antes.
Por isso, ainda de acordo com a reportagem da Folha, em 2019, o investimento médio em equity crowdfunding foi de R$ 8.786,26 por pessoa — um valor baixo comparado as rendas que uma startup pode garantir a longo prazo.
Como investir em equity crowdfunding pela VENTIUR
A VENTIUR, como aceleradora de startups, conta com um portfólio de mais de 50 startups aceleradas, garantindo diversificação ao portfólio dos investidores.
O investimento através da VENTIUR assegura uma redução do risco do investimento, com um processo de governança estruturado, controles administrativos e suporte jurídico nos contratos. Isso é representado pelos mais de 170 investidores que fazem parte da empresa.
A VENTIUR é parceira de várias plataformas de equity crowdfunding e algumas startups do portfólio já captaram na modalidade, como é o caso da Easycrédito, Tra$hin, O Amor é Simples e Leigado. No momento, está aberta a captação da Criativando.
E aguardo, pois nos próximos meses compartilharemos novidades bem bacanas sobre o assunto.
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